Confraria feminina brasileira sai no “eixo do lúpulo” e vai ganhar o mundo
"Made In Brazil", a Goose Island Sisterhood fecha 2018 e promete abrir 2019 com o pé (direito) na porta do mundo cervejeiro. Criada em 2017 e composta só por mulheres, a confraria já fez homenagens a nomes do passado e presente do universo feminino.
Beatriz Ruiz, gerente de marketing da Goose Island e idealizadora do projeto Sisterhood, e Marina Bonini Pascholati, cervejeira da Brewhouse Goose Island, contaram ao Siga o Copo o que provar e esperar dessa reunião "girl power".
Veja também
- São as mulheres (oba!): Anne é a campeã do Eisenbahn Mestre Cervejeiro
- Mulheres estão entre as participantes de reality de cerveja caseira
Ainda sobre ele, o lúpulo
(Achou que não ia falar mais de lúpulo? Achou errado!)
Encerrando o ano, o time poderoso lançou Sueli, uma African IPA que, ao sair do eixo de lúpulos americanos e europeus trouxe uma homenagem única a Sueli Carneiro, filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro.
Veja também
- IPA une mais de mil cervejarias nos EUA e motivo é inspirador
- Falem bem (e não falem mal), mas falem das IPAs
Para isso, os lúpulos southern passion e african queen entraram na receita e "casam" características dos clássicos lúpulos americanos e ingleses. Enquanto o primeiro acrescenta aromas herbais (grama recém-cortada, resinoso) e condimentados (como picante, cravo, gengibre) como base, o segundo traz ao nariz e à boca toques de frutas amarelas (maracujá, melão) e cítrico (laranja, tangerina, limão) e fica em evidência.
As cervejeiras contam que a novidade só havia sido utilizada em 2017, pela Colorado em uma cerveja para o IPA Day: a Nandi, uma Imperial IPA com lúpulos africanos.
Veja também
Sempre sobre elas, as mulheres
Para Bia e Marina, o balanço da Sisterhood foi muito positivo. Em 2018 teve Helô, uma New England IPA em homenagem à escritora, acadêmica e feminista Heloísa Buarque de Hollanda; Kitty, uma India Pale Lager inspirada na jornalista Kitty Balieiro e em toda a história dela no jornalismo esportivo; Giu, uma California Common que lembrou o papel da mulher no skate e a trajetória de Giuliana Ricomini e encerrou com Sueli.
"Queremos permanentemente trazer para a sociedade a discussão sobre o empoderamento feminino com o intuito de contribuir para o debate e a transformação da atual situação de representatividade da mulher", dizem.
Do Largo da Batata para o mundo
Criada no bairro de Pinheiros, no brewpub da marca de Chicago em São Paulo, a confraria chamou atenção de cervejeiras pelo mundo e a partir do próximo ano vai desembarcar nos Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Canadá, Inglaterra e Austrália.
As receitas futuras elas não revelam, mas entregam que o mote e a inspiração são infinitos: "Sempre tivemos muitas mulheres com papéis importantes na sociedade e o importante é continuar dando destaque para elas".
COMO ESTAMOS BLOGUEIRANDO? Críticas, elogios, sugestões, desabafos? Aceitamos em Instagram, Facebook e até no Untappd.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.