São as mulheres (oba!): Anne é a campeã do Eisenbahn Mestre Cervejeiro

Desde a edição 2017, o reality o Eisenbahn Mestre Cervejeiro atraiu os olhos do Siga o Copo. A edição 2018 evoluiu, bateu pé e… nem a torcida feminina mais fervorosa – incentivada desde o ano passado – poderia imaginar melhor resultado este ano.

É com muita alegria, suor e cerveja que o concurso tem uma campeã: Anne Galdino.

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Foram três cervejeiras entre os 10 participantes e muitos novos rostos para incentivar quem ainda não se convenceu de que cerveja (também) é coisa de mulher).

Em um bate-papo exclusivo com o blog, Anne conta sua trajetória até a revelação de sua vitória, neste domingo (14).

O começo

Anne no primeiro episódio

Foi no Réveillon de 2010 para 2011 que ela, que mora em Teresina, teve seu primeiro contato com as cervejas além das American Lager. Sua estreia foi com uma Weizen e a partir daí foi uma descoberta de aromas e sabores diferentes.

"No começo, tentei uma IPA, mas ainda não era hora. Explorei bastante a escola alemã, que chegava mais fácil aqui, com Bock, Dunkel, depois parti para as Pale Ale, Old Ale, as belgas… Hoje gosto de tudo e cerveja, para mim, é só uma questão do que mais combina com o momento", diz.

Campeã com sua Berliner Weisse, Anne começou nas panelas com um kit comprado pela internet e entrega: a primeira não foi exatamente um sucesso. "Era para ser uma Blonde e virou… uma cerveja sem estilo definido", conta.

As cervejas

Com cursos de tecnologia cervejeira e degustação, Anne aprimorou seu talento cervejeiro e já leva suas criações aos concursos caseiros há alguns anos. Antes do concurso da Eisenbahn, em 2016, ficou entre os 5 melhores do concurso da Bierland com uma Baltic Porter.

Para o concurso deste ano, Anne foi atrás de tudo o que poderia saber sobre a Berliner e ainda queria mais: produzir a cerveja com um toque de ousadia. A "champanhe do Norte" – como foi batizada por Napoleão – ganhou lúpulos japonês e americano. "Minha ideia era dar essa aparência mesmo, com aroma de uva verde e limão", diz.

O reality

Em oito episódios, o que chamou atenção de muita gente era a calma de Anne, que conta que se concentrava para segurar o nervoso. "Fiquei tensa em todas as vezes que fui para a 'saideira', mas na semifinal já me senti mais tranquila porque já era uma vencedora só de ter chegado tão longe", declara.

A melhor parte, para ela, foram as "colabs" (cervejas colaborativas com parceiros como Landel, Three Monkeys, Avós, Way e Debron), que levaram o reality para além da competição e dos caseiros. "Nesta edição, poder produzir cervejas durante o reality foi muito rico", lembra.

Anne adorou estar entre mais mulheres e acredita que o reality tem tudo para incentivar mais cervejeiras caseiras a participarem do mundo dos concursos e da cerveja em geral.

Para o futuro, Anne quer, claro, mais cerveja. "O hobby artesanal em bebida e gastronomia sempre me instigou e é uma parte prazerosa da minha rotina. Quero seguir nessa área, sim".

A missão

Leigos, entendidos e Anne viram nessa edição um passo grande para trazer mais pessoas para o universo cervejeiro, seja com um copo na mão, ou na linha de frente dos julgadores de um concurso.

Para quem não viu a trajetória de Anne até a vitória, vale ver os episódios no YouTube da Eisenbahn e relembrar que cerveja não é só bebida, é muito conhecimento.

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