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Cinco petiscos e várias cervejas: como harmonizar no bar

Juliana Simon

22/11/2020 04h00

(Crédito: iStock)

Para quem tá morrendo de saudade de um boteco, ou tem aproveitado a reabertura para dar suas goladas entre ágeis tiradas de máscara e muitos litros de álcool gel, cerveja é um item crucial.

A cerveja dourada do estilo American Lager é a rainha das mesas de boteco. Mas, que tal variar as cervejas na sua próxima botecagem?"

É com este convite que o Siga o Copo contou com a gloriosa ajuda de Edu Passarelli, especialista em cerveja, professor do Instituto da Cerveja Brasil (<3) e sócio do Goela Bar, em São Paulo.

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As sugestões partem de opções espalhadas por quatro bares de São Paulo, que promovem até o dia 2 de dezembro degustações de seus chopes artesanais combinados a coxinhas da Sucré. Mas vamos ampliar a brincadeira para mais petiscos e com dicas para experimentar combinações certeiras até no seu "home boteco".

Bolovo

No Ambar (beijo, Ambar), a pedida foi o tradicional petisco de boteco que foi reinventado nos últimos anos. Segundo Edu, para harmonizar, o estilo Weizenbier é pedida certa.

E por que funciona? A alta carbonatação deste estilo neutraliza a gordura e seu leve amargor e frutado (que remete a banana e cravo) arredondam a carne e acentuam o tempero sem detonarem o sabor do ovo (um dos desafios de harmonização).

Croquetes de carne

(Crédito: iStock)

No Brett Bier Haus, a pedida foram os salgados tradicionais de qualquer botequeiro de carteirinha. Edu indica que eles são muito bem escoltados por cervejas dos estilos Altbier ou Munich Dunkel.

O motivo? Só dar uma olhada em sua cor amarronzada: a tosta do malte é o carro mestre em ambos estilos. Aqui, o dulçor trabalha com equilíbrio, mas nada de bombas de álcool ou muita complexidade no sabor. Para um petisco descomplicada, cervejas "diretas e retas".

Caldinho de feijão

(Crédito: iStock)

Na Cervejaria Nacional, a escolha foi este outro clássico da botecagem. "Ele harmoniza com os estilos Brown Ale e também Schwarzbier", recomenda Edu.

Este sim pede harmonização bem pensada para aumentar ou equilibrar-se na potência do feijão-maravilha.

Enquanto a primeira carrega dulçor de maltes torrados, equilibrado a amargor que pode ser médio a alto – sentiu um temperinho a mais no caldo só de imaginar, vai. 

Já na segunda, a tosta chega a níveis ainda mais intensos (não à toa uma cerveja preta), mas extremamente leves e pouco complexas, com amargor moderado.

Bolinhos veganos

E para quem achou que a lista não poderia ser ainda mais democrática, no Goela Bar, a escolha foi a porção de bolinhos nos sabores feijão preto e grão de bico, ambos recheados de guacamole.

Para eles, Edu crava que as cervejas do estilos IPA, tanto de escola inglesa quanto americana, são tiro certo. Quer saber mais sobre elas? Então relembre nosso guia.

Lúpulo né, mores. Temperinho dos deuses!

(Crédito: Reprodução/Instagram)

Coxinha

A menina dos olhos é ela mesma, sabemos. Se come pela base ou pela ponta, não importa. O ideal é pegar leve, menos álcool, menos amargor – mas sem deixar de lado o sabor e refrescância.

Para isso, Session IPA é escolha certeira,

mas, por que não também a boa e velha Pilsen?", questiona Edu.

No fim das contas, seu copo, seu prato, sua botecagem, suas regras.

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Sobre a autora

Juliana Simon é jornalista do UOL, sommelière de cervejas, mestre em estilos e especialista em harmonização pelo Instituto da Cerveja Brasil.

Sobre o blog

O Siga o Copo é espaço para dicas, novidades e reportagens para quem já adora ou quer saber mais sobre o universo cervejeiro e de mais bebidas.