É da fumaça ou do copo? Cerveja e charuto se unem em experiências únicas
Se aventurar pelo universo das cervejas deixa a gente com a certeza de que elas combinam com tudo: qualquer tipo de comida, ocasião e… fumaça! Espera aí… fumaça?
Não é de hoje que cervejeiros trazem outras paixões sensoriais para suas criações e o charuto e seus aficionados abrem as portas para esse casamento.
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O mais recente episódio desse romance veio da Cervejaria Dádiva ao lançar um charuto em parceria com a Dannemann – tradicional produtora baiana que há mais de 140 anos aposta na fabricação manual – e (óbvio) uma cerveja: a Medio Tiempo, uma English Smoked Imperial Stout.
Não é a primeira vez que o cervejeiro Victor Marinho leva o tabaco para suas panelas: em 2017, a cervejaria lançava mais uma série das disputadas Odonatas. A nº4, assinada pelo especialista em destilados e charutos Cesar Adames era uma RIS envelhecida em barricas de carvalho americano com rum, foi blendada com malte defumado em folha de tabaco cubano de Pinar del Río.
Quem quiser acompanhar a produção dos charutos, há vídeos nos destaques do Stories da cervejaria.
Oficialmente enfumaçada
Muitos estilos de cerveja remetem a sabores e aromas de fumaça, mas existe lá cravado e oficial nas Bíblias cervejeiras BJCP e BA: smoked beer. Pode ser lager, ale, tradicional ou receita clássica e basta precisa incorporar a fumaça às características da cerveja.
No caso da Medio Tiempo, com 8% de ABV, o segredo está na composição 25% de malte defumado, favas de baunilha e carvalho americano.
Charuto numa mão e taça na outra
Para quem nem imagina como começar essa brincadeira, algumas dicas valiosas:
Por onde começar?
Evite comprar pela internet e procure produtos de procedência confiável.
Para quem não é um iniciado no mundo dos charutos, o ideal é buscar um mais suave e menor (de diâmetro e comprimento) e, nas degustações futuras, evoluir gradativamente o tamanho e a potência.
Dica: antes de passar a mão no isqueiro, o iniciante pode experimentar primeiro o charuto sem acender para sentir o gosto e o aroma do tabaco a frio.
Como escolher
Priorize os charutos de folhas inteiras (long-Filler); fuja dos que possuem aromas artificiais, fumo picado ou capas de papel; tire dúvidas com o vendedor sobre as características do charuto para conseguir escolher adequadamente a cerveja que o acompanhará.
Como acender
Use maçaricos e não Zippo para evitar que o charuto fique com gosto de combustível e interfira na experiência.
Harmonização
Como as boas cervejas, charutos são para serem degustados com tempo. O ideal é intercalar a bebida com o fumo. Quando quiser parar de fumar, deixe o charuto descansando no cinzeiro e ele se apagará naturalmente.
Inicie a degustação pela água (que pode ser com ou sem gás).
A harmonização com a cerveja normalmente é feita por semelhança e com complementação: um charuto leve e adocicado, por exemplo, pede uma cerveja que traga, igualmente, alguma suavidade. Já um fumo mais robusto e intenso, pede uma bebida de igual personalidade.
O nirvana dessa combinação é o terceiro sabor, que pode ser alcançado ao harmonizar um charuto potente a uma cerveja envelhecida em carvalho, por exemplo. Complexos perfeitos.
Atenção: mesmo um charuto considerado leve tem aromas e sabores consideravelmente potentes. Então uma pilsen, por exemplo, nunca será a melhor escolha.
Baforar ou beber?
Não é uma regra, mas a experiência pode dar mais certo se o degustador priorizar o beber ao invés do fumar. O processo inverso pode fazer com que a fumaça dificulte a percepção das características da bebida.
Anotou? Agora é acender e encher o copo.
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