Caçadores de vinhos usam experiência, retiro e até cão em busca pela bebida
Imagina sair pelo mundo em busca de vinhos e chamar isso de trabalho! Com mais de 20 anos de vinhos na bagagem, os winehunters Manu Brandão e Vicente Jorge têm esse ofício dos sonhos.
A procura por rótulos fora do óbvio agora é celebrada com o lançamento da própria marca de vinhos da dupla, a Enclos du Wine Hunter, pela Wine. Mas o que faz exatamente um "caçador de vinho"?
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"Horas-copo"
Ainda que tenham a formação de sommelier e cursos em vinícolas do mundo todo, a dupla conta que "beber é preciso"…e não é pouco. O francês Manu Brandão calcula singelos 2 mil rótulos ao ano de diferentes partes do globo.
Nascido em Bordeux, terra de vinhos tradicionais e premiados, Manu conta com um pouco de instinto e feeling para descobrir aquela produção mais especial e fazê-la passear com mais facilidade pelo paladar dos brasileiros.
Eu, você, uns vinhos e um cachorro
Quanto mais contam sobre a vida de "caça", mais parece que se trata mesmo de uma deliciosa opção de vida. Desenvolver uma marca própria e participar de todo o processo – da escolha da uva à garrafa – levou os de volta à terra natal de Manu, onde praticam uma espécie de retiro (daí a palavra "enclos"), duas vezes por ano.
Entre degustações e troca de impressões sobre as novas "joias", Manu e Vicente contam com somente mais um seleto membro neste recolhimento: Otto, um Dogue de Bordeaux.
Os melhores amigos do homem podem não ser engarrafados, afinal.
Como o Brasil descobre vinho
A inspiração de terras francesas é traduzida para o paladar brasileiro: mercado novo, curioso, mas com muito a aprender.
"Made in Brazil", o também "winehunter" Vicente Jorge vê a paixão por vinho no país crescer, mas ainda muito nova e ligada a pontuações e indicações.
Para ele, falta descobrir a versatilidade da bebida, que pode ser servida em uma feijoada, em um dia de praia, com hambúrguer e ao lado de um bom churrasco.
Caçar vinhos em três palavras
Perguntado como resumiria seu ofício, Vicente sem querer dá uma lição para profissionais de qualquer área e lança no ar o que um "winehunter" precisa (anotem):
"Relacionamento: essencial para ter acesso ao que há de melhor no mundo do vinho; instinto, que é uma coisa que a gente tem, mas também se treina; e negociação, fundamental para chegar ao que há de melhor e oferecer ao público".
Parece muito sisuda essa história de "viver de buscar vinhos"? Vicente dá um spoiler para matar meio mundo de inveja já ao final da entrevista:
"E se eu puder sugerir uma palavra a mais, seria: é uma delícia!"
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