Volta para os clássicos dá gás ao universo dos drinques
Senta que lá vem história…
Se na semana passada contamos um pouco do passado, presente e até futuro do brasileiríssimo Rabo de Galo, hoje é dia de contar mais histórias, de drinques que há muito tempo marcaram os bebedores pelo mundo.
É com essa ideia e com o tema "Todo drink tem uma história" que Drink Festival 2018 revisita coquetéis clássicos em bares espalhados pelo Brasil.
Nicola Pietroluongo, embaixador da linha Reserve da Diageo – que assina o evento – bateu um papo com o Siga o Copo sobre esse retorno ao passado e contou o que os "bons drinques" prometem.
O que o drinque tem?
Além de aguçar o paladar, uma das coisas mais interessantes no mundo das "biritas" são as histórias – prato cheio para quem toma um copo como quem abre um livro. Conheça algumas delas:
Gin & Tonic
Nasceu como cura para a malária durante a colonização britânica na Índia. Os soldados misturavam o quinino, extremamente amargo (elemento principal para a produção da tônica) com gin para aguentar o sabor.
Moscow Mule
"Provavelmente umas das histórias que mais exemplificam a pessoa certa na hora certa. Neste caso, três pessoas com três produtos que não conseguiam vender", conta Nicola. Um produtor de vodka, um fabricante de refrigerante de gengibre e uma herdeira da indústria de cobre que se juntaram e fizeram o drinque tem feito a cabeça de muitos bebedores.
Highball
Numa época onde as pessoas usavam o trem para suas viagens, os silvados, dois curtos e um longo, conhecido como a técnica Highball, eram usados para avisar a saída dos comboios. Nos bares das estações começaram a produzir um drink rápido, com duas doses curtas e uma longa.
Old Fashioned
Durante os primeiros anos da coquetelaria, alguns bartenders mais exaltados arriscavam misturas que não eram exatamente o resultado que seus fregueses esperavam. Foi por este motivo que esses começaram a pedir o "como se fazia antigamente", ou seja o Old Fashioned.
Maranguape
Para homenagear o local de nascimento da Ypióca, a cachaça mais antiga do Brasil, nasce o Maranguape, nome da cidade, e que traz o nosso líquido nacional numa visão elegante e equilibrada para ressaltar o trabalho de cinco gerações à frente da destilaria.
Do que a gente mais gosta?
Para Nicola, agora é a vez do Gin no Brasil e sua mistura com a água tônica é a nossa cara: deliciosa, refrescante e fácil de fazer. Mas o drinque não está sozinho. Ele também cita Negroni, Old Fashioned e o Moscow Mule como as combinações da vez e hit dos bares.
"Esses clássicos têm tido tamanha aceitação por permitirem elaborar variações das suas versões originais. A mudança do gin para o bourbon no Negroni, por exemplo, ou até mesmo colocando o rum, permite experiências totalmente novas com a alteração de um único ingrediente", conta.
E não tem "hora certa" para pegar seu copo: "Todo drink terá seu momento para ser apreciado", diz Nicola, que dá algumas sugestões, apenas como guia: "o Johnnie Highball e o Tanqueray & Tonic são ótimas escolhas nesse período de calor que está prestes a iniciar, no final de tarde, no happy hour com amigos, e até mesmo a altas horas na balada. O Ketel One Moscow Mule é uma delícia à noite ou como aperitivo com alguns petiscos antes de jantar. Já o Bulleit Old Fashioned e o 5 Chaves Maranguape são ideais durante as refeições, após as mesmas ou em momentos mais intimistas". Anotou?
Drink Festival 2018
Data: 21 de novembro e 2 de dezembro
Onde: cerca de 300 bares e restaurantes
O que: drinks ao preço fixo de R$29
Mais informações: https://br.thebar.com/drink-festival
Ainda, seguindo a tradição do último ano, o evento será a primeira porta de entrada para os bartenders das casas participantes se inscreverem no World Class Competition, maior campeonato de coquetelaria do mundo. O bartender poderá enviar uma receita autoral contando a história de seu drink e, durante o Festival, um corpo de jurados visitará os bares para avaliar as performances dos profissionais e seus coquetéis. Os bartenders com as melhores já estarão na semi-final brasileira de 2019.
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