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Monja “mãe do lúpulo” é mais uma a provar que cerveja é coisa de mulher

Juliana Simon

07/03/2018 11h18

Hildegard von Bingen

Monja beneditina, mística, teóloga, compositora, pregadora, naturalista, médica informal, poetisa, dramaturga, escritora, primeira a descrever o orgasmo do ponto de vista feminino e santa. Anote o nome desta loucura de mulher: Hildegard von Bingen.

E o que cerveja tem com isso? A linda ainda foi a primeira a descrever as propriedades científicas do lúpulo, o temperinho mágico, o querido dos aromas e conservante da cerveja.

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Nascida em 1098, onde hoje é a cidade Frankfurt, na Alemanha, Hildegard tem como um de seus importantes trabalhos o Liber Subtilitatum Diversarum Naturarum Creaturarum, que em sua segunda parte Physica, descreve as qualidades conservantes da florzinha da trepadeira quando adicionada à cerveja.

Além disso, ela já descreve a capacidade calmante do produto, capaz de relaxar o sistema nervoso e ajudar no sono, por exemplo.

Mais tarde, ela também falaria sobre a cevada e seus benefícios para o estômago e intestino.

Recentemente, ela foi homenageada por cervejarias brasileiras! A Cervejaria Dádiva, em parceria com a Titobierveja, criou a Imperial Pilsner Hildegarda, leve no gole e potente no álcool (8,1% ABV), bem ao estilo da nossa santa mais amada.

A monja morreu em Rupertsberg em 1179, aos 81 anos, muito bem vividos graças, esperamos, ao estudos de cerveja.

Sobre a autora

Juliana Simon é jornalista do UOL, sommelière de cervejas, mestre em estilos e especialista em harmonização pelo Instituto da Cerveja Brasil.

Sobre o blog

O Siga o Copo é espaço para dicas, novidades e reportagens para quem já adora ou quer saber mais sobre o universo cervejeiro e de mais bebidas.