Reduzir contaminação em Minas a debate cervejeiro é sensacionalismo

Não demorou muito até cobrarem deste blog um posicionamento sobre a contaminação de dois lotes cerveja Belorizontina, da mineira Backer, e a morte e internações que a substância dietilenoglicol teria causado.

Diante de um pedido de "faz aí um post sobre sua opinião sobre o caso", a resposta é: se você reduz o fato a comentário é insensível, irresponsável e sensacionalista.

Com a investigação em curso e posicionamento da Backer, uma cervejaria de grande peso no mercado artesanal profissional, em se colocar ao lado da apuração, sem se precipitar em uma defesa, cabe ao público, ao mercado e à imprensa aguardarem conclusões.

Reduzir a notícia ao embate entre artesanal e mainstream, além de vazio, é desrespeitoso com o tema que vai muito além – é questão de vida, saúde pública e, agora, polícia. Portanto, aos leitores do Siga o Copo, peço que acompanhem o noticiário especializado (a sugestão é obviamente UOL Notícias) e com credibilidade.

Alardear que #aculpanãoédacerveja, como a muitos da comunidade cervejeira têm compartilhado, nesse primeiro momento, é apenas demonstrar uma visão egoísta do fla-flu cervejeiro que acompanhamos há tempos: artesanais atacam mainstream pela qualidade e postura de mercado, mainstream ainda mostram desprezo pela importância dos produtores menores em ampliar e diversificar um público consumidor em decadência (vide ondas de bebidas sem álcool e outros tipos cada vez mais populares entre os mais novos).

Acusar sabotagem ou imperícia, como muitos comentam nas redes sociais, é apenas fruto do que se comentou no post anterior aqui do Siga o Copo: como em outros temas e áreas, o que não falta é fake news cervejeira.

Aqui está o "post aí" e assim que surgirem informações suficientes que exijam o expertise de especialistas em cerveja, não hesitaremos em informá-los da forma mais profissional e transparente.

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