Adriana Pino, a mulher escolhida como melhor bartender de 2018
(Post atualizado com notícias WHO RUN THE WORLD? GIRLS)
Seja na cerveja, vinhos e whiskies, o mundo inteiro já sabe que bebida é (muito) coisa de mulher (e de quem mais quiser beber, óbvio). No universo da coquetelaria, não é diferente.
A bartender Adriana Pino, eleita a melhor bartender do ano pelo World Class 2018 nesta quarta (4) é a demonstração disso. Ela é a segunda mulher a vencer a etapa brasileira – primeira foi Talita Simões, em 2011 – e concorrerá na final mundial em Berlim, em outubro.
Ela chegou à competição, ao lado de nomes como Gabriel Santana (Benzina Bar, em São Paulo), Romero Brito (Gin Time Drinks, em Curitiba), Anderson Santos (Nosso, no Rio de Janeiro), Gustavo Guedes (Nakombi, em Brasília), Heitor Marin (Seen, em São Paulo), Miguel Paes (Nakka, em São Paulo) e Rafael Domingues (Clos em São Paulo) e, como única mulher na competição deste ano, ela também mostra que há um longo caminho para dividir balcão e mesa de bar sem lembrar que gênero ainda é uma parede.
Como ela mesmo afirma, o machismo resiste. "Um exemplo muito comum é quando dizem que drinks doces e coloridos agradam mais as mulheres, e os mais fortes, com mais álcool, são mais masculinos. Isso não é verdade", diz.
"Paladar não tem a ver com gênero, e nem é universal, se refina com treinamento, experimentando coisas novas. Outra coisa que está mudando é a ideia de que bar é um ambiente masculino. Talvez no passado fosse, mas hoje em dia isso não é mais uma realidade", comenta.
O prazer de servir
Também única competidora independente – ou seja, não carrega o nome de um bar -, ela começou a carreira por acaso. "Foi em baladas, servindo doses. Eu não sabia nada e nem os meninos tinham muita paciência pra ensinar. Basicamente aprendi sozinha, lendo, e depois fui fazer cursos", lembra.
Hoje, ela saiu de trás do balcão para trabalhar com treinamento e eventos e, a partir dessa experiência, percebeu que no dia a dia do balcão hospitalidade e prazer em servir ainda não são prioridade.
"Trabalhar com o público é uma tarefa bastante árdua, pois cada um é um universo, mas ao mesmo tempo, é muito prazeroso", conta.
Os favoritos
Como paladar não encontra prisão, Adriana revela que seus ingredientes favoritos têm fases. Hoje, ela está encantada pelos ingredientes brasileiros.
"Um dos meus preferidos é o jambu, uma erva amazônica, e uso ele há algum tempo. Mas agora eu ando apaixonada pelo açafrão da terra. Ele é barato em comparação a outros ingredientes, e usando bem pouco dele já consigo uma cor linda nos drinks",diz.
Uma dica? Se joga
Contra modismos e fórmulas fáceis, Adriana vê a explosão de gin tonica e mules com reservas e pede que os bebedores desafiem o paladar e, claro, os bartenders:
"Gostaria que as pessoas experimentassem mais, se permitissem mais, conhecessem novas coisas".
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