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Fetiche de muitos cervejeiros, copos "diferentões" não são só enfeite

Juliana Simon

04/06/2018 11h27

Altos, baixos, bojudos, finos… há copos e taças de todos os jeitos no mundo das cervejas. E não, não é (sempre) frescura dos "beergeeks". Muitos deles dão uma bela ajuda para cuidar da bebida e deixá-la ainda mais gostosa.

Os versáteis

Lagers em geral pedem copos com bordas mais estreitas, que ajudam a fazer aquela espumona bonita e não deixam escapar os aromas mais sutis dos lúpulos e dos maltes:

A unidade de medida virou um copo e o Pint já ultrapassou as portas dos pubs ingleses para ser amplamente utilizado em bares e cervejarias para estilos que pedem serviço ágil:

O modelo encontra variantes, com base mais estreita:

Para cervejas de alta complexidade aromática como as belgas, por exemplo, os copos Tulipa são a pedida: borda mais larga e facilidade em beber o líquido sem acabar com a espuma ao primeiro gole:

Bojudinhas e bom bordas mais estreitas, as taças Snifter (do inglês sniff – dar uma cheiradinha) permitem que se esquente a bebida com as mãos. Ideal para cervejas potentes em álcool e com aromas complexos, como Barley Wines, Imperial Stouts e belgas como as Strong Ale:

Os especiais

Tradicionalmente, as Weissbier – as famosas cervejas de trigo – pedem copos para comportar todo o conteúdo da garrafa, deixar o fermento bem homogêneo pelo copo e a espuma em evidência.

A boca mais larga dá um belo empurrão para sentir na alma o aroma característico do estilo:

Lembra das cervejas com cara de champanhe? Como a prima de uva, as champenoise ficam ainda mais gostosas com as taças Flute – que seguram a carbonatação e têm uma carinha mais elegante:

Não tem necessidade, massss….

Uma taça com cara de cálice e uma curvinha na borda para beber mais fácil. Nem precisava, mas as Teku já estão por aí:

O copo especial da cervejaria Kwak surgiu para facilitar o carregamento em charretes. Beber e dirigir – nem mesmo charrete, ok? – não pode, mas o modelo já é tradição:

Específico para as cervejas trapistas ou de abadia, os Goblet e variantes ajudam na percepção dos aromas cheios de força das bebidas – mas já vimos que não preciiiiisa ser uma taça exatamente assim, né?

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A famosa "bierstifel" anima um desafio cervejeiro famoso: o "copo" passa entre os bebedores, que não podem derrubar o líquido. Azar de quem pega por último e nem imagina como a cerveja vai correr da ponta da bota até a boca:

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Tradicionais na Alemanha e Inglaterra, as canecas fazem mais sentido em termos de tradição e celebração, como nas Oktoberfest, que propriamente para degustação. Desce um litro!

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Sobre a autora

Juliana Simon é jornalista do UOL, sommelière de cervejas, mestre em estilos e especialista em harmonização pelo Instituto da Cerveja Brasil.

Sobre o blog

O Siga o Copo é espaço para dicas, novidades e reportagens para quem já adora ou quer saber mais sobre o universo cervejeiro e de mais bebidas.