No campo divino, cerveja conta com muita proteção feminina
Em semana de Dia das Mulheres e de estreia do Universa, a nova plataforma feminina do UOL, este blog vai dedicar seus textos ao protagonismo feminino na cerveja e um pouquinho de história 😉
O que muita gente não sabe é que a cerveja já nasceu sendo "coisa de mulher" (sorry, machos). Vamos voltar uns 6 mil anos no tempo (entre 3500 e 3100 antes de Cristo) quando as primeiras cervejas de que se tem notícia foram elaboradas na Mesopotâmia.
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O pessoal deixou os grãos ou os pães na chuva, que fermentaram e deram origem a um líquido que deixava todo mundo feliz, mais soltinho… e tinha que ser louvado, claro.
Politeístas, os povos da região escolheram a deusa Ninkasi como a protetora da cerveja, que guiava a produção da bebida. E suas sacerdotisas e cervejeiras eram sempre mulheres – que foram responsáveis pelas produções durante a maior parte da história da bebida até o fim do século 17, tsá?
Ninkasi era deusa carismática e tinha um hino entoado durante a produção daquele líquido maravilhoso. Datada de 1800 AC, a música era uma ode cheia de versos que toda cervejeira conhece em sua rotina: "Ninkasi, você é a que rega o malte no chão/ você é a que banha o malte na jarra".
E não é só isso!
Na mitologia nórdica, uma lenda diz que a cerveja produzida pelas Valquírias era capaz de ressucitar E imortalizar os guerreiros mortos em combate.
Se o divino está pelas deusas da cerveja, quem somos nós para estar contra?
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