Aquecimento global vai acabar com a cerveja? Gigantes garantem que não
Em outubro, uma notícia assombrou os apaixonados por cerveja. Segundo um estudo publicado pela Nature Plants, o aquecimento global causaria uma drástica queda na produção de cevada. Ou seja: cerveja mais cara e todo mundo mais triste 🙁
Preocupado com esses dados, o Siga o Copo foi atrás de duas gigantes da bebida e, segundo elas, o planeta pode até estar ladeira abaixo, mas a cervejinha está garantida graças a programas de sustentabilidade e estudos que começaram até antes de ecologia entrar na pauta das conversas de bar.
Segundo Juan Caminos, gerente regional agronômico da Ambev, o estudo é um alerta, mas não uma preocupação para a maior cervejaria do mundo: "No geral, nenhum dado divulgado pela Nature Plants, de fato, nos surpreendeu, já que realizamos estudos há 40 anos e acompanhamentos frequentes, além do desenvolvimento de diferentes tipos de cevada. Nosso maior objetivo é garantir que o nosso consumidor sempre tenha a sua cerveja preferida disponível".
Juan cita a plataforma Smartbarley 2.0 como a "menina dos olhos" para cervejarias e produtores de cevada. Criada em 2014, ela compartilha informações sobre as lavouras, servindo de fonte e referência para os produtores parceiros, "além de aumentar a produtividade e qualidade do cereal, melhorar a gestão ambiental na agricultura e fortalecer o laço com os agricultores". Em quatro anos, a cervejaria já estima melhora em até 10% do rendimento da cevada até 2025.
Outra gigante da cerveja, o grupo Heineken não revelou ao blog projetos, números ou postura específica diante do estudo, mas garante que auditoria de planta, redução da utilização de água no plantio da cevada e uso de fontes renováveis para geração de calor e energia elétrica são exigidos dos fornecedores de malte e demais matérias-primas da cerveja.
Ai, meu deus! E o lúpulo?
Juan deu uma notícia de partir o coração: o lúpulo talvez seja um caso semelhante.
"É um exemplo de cultivo que também pode apresentar algum risco, principalmente, pelas suas regiões de produção, que são mais restritas, se comparadas a outras espécies", conta
"Mas já é algo que previmos e, para tanto, estamos adequando nossas áreas de cultivo", promete. Torçamos.
Vai pensar duas vezes antes de emitir CO2 por aí agora, caro bebedor?
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